Água: uma commodity?

Água: uma commodity?

Os dois posts anteriores refletem uma realidade preocupante. A idéia de que a falta de acesso à água é uma causa potencial de distúrbios e conflitos generalizados em um futuro próximo e os desafios da distribuição de água no planeta nos próximos anos teem sido temas recorrentes em relatórios e fóruns de diferentes organizações internacionais na última década. No entanto, para o cidadão paulista comum, esse cenário parece algo distante e longínquo. Não é assim.

O Chile é um exemplo notável da polêmica sobre a crise da água em todo o mundo. Temores quanto à carência de água prejudicam a expansão econômica chilena em áreas de recursos naturais como a de cobre, de frutas e de pescados – todas elas conhecidas por necessitarem de muita água em um país que tem reservas aquíferas limitadas.

Não são, portanto, ficção científica, as imagens de dutos transnacionais que, ao invés de trazerem gás, levem água a países vizinhos. Situações de conflitos como os que envolveram recentemente Brasil e Bolívia ou Rússia, Ucrânia e Europa Central relacionados com abastecimento de gás são claramente já perceptíveis no horizonte mudando apenas o objeto da disputa.

Se a água se transformar numa espécie de commodity, de uma coisa podemos estar certos: não pagaremos por ela o que pagamos agora. O padrão de consumo atual não poderá ser mantido e imóveis gastadores trarão grandes dores de cabeça a seus proprietários.

É tempo, portanto de rever conceitos e precaver o futuro. Novos projetos de imóveis deverão considerar soluções e equipamentos hidráulicos prevendo cenários de restrição de consumo e de preços salgados para a água potável.  O futuro vem já aí.

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