Gelo, uma bateria natural
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A técnica de fabricar gelo durante a noite para utilizá-lo durante o dia na refrigeração de ambientes não é nova nos Estados Unidos. A prática desenvolveu-se porque lá, como em muitos outros lugares, o custo da energia varia durante o dia: é mais barata de noite e mais cara durante as horas de expediente. Isso estimula a utilização racional e diminui a pressão de consumo nas horas de pico, já que o consumidor transfere aquelas atividades que independem de horário para o período em que a energia é mais barata (como lavar a roupa na máquina, por exemplo).
No caso da refrigeração de edifícios, utiliza-se o horário noturno em que a temperatura é menor e a energia é mais barata para fabricação de gelo que depois é utilizado durante o dia, através de um sistema alternativo ao ar-condicionado tradicional, em que ventiladores fazem o ar frio circular pelo edifício.
O que é novidade é a adaptação desse esquema para conseguir solucionar o problema do armazenamento da energia eólica. Já sabemos que esse é um dos maiores óbices ao crescimento da sua utilização. Em muitos lugares onde venta forte à noite, o potencial de energia do local é simplesmente inútil por falta de uso. Se, no entanto, for aproveitado para a fabricação de gelo, este funcionará como bateria, retendo a energia captada durante a noite e a aproveitando depois para refrigerar edifícios. É esta a proposta da Calmac, uma empresa norte-americana que adaptou o seu negócio de refrigeração através de tanques de gelo às energias renováveis. A empresa afirma que, com este sistema, os custos com refrigeração podem ser cortados em até 40% para além de contribuir com a redução de consumo em horário de pico, o que pode adiar ou mesmo eliminar a necessidade de construção de novas usinas elétricas e linhas de transmissão.
com informações de Treehugger e comotudofunciona
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