O apagão e a “smart grid”, a internet da energia

O apagão e a “smart grid”, a internet da energia

O apagão de terça-feira passada trouxe para o grande público o tema das “smart grids” ou redes elétricas inteligentes. Em diversos lugares (aqui, aqui e aqui, por exemplo) surgiram peritos defendendo a adoção do sistema como solução para apagões massivos, já que o mesmo prevê, entre outras coisas, monitoramento on-line de toda a rede de distribuição e a micro-geração de energia solar ou eólica individual que permitiriam aos seus “produtores” vender a energia por eles produzida e integrando pequenas redes locais. O sistema elétrico seria então constituído por uma vasta rede descentralizada de micro-geradores que se associariam aos distribuidores tradicionais. No fundo, e como já dissemos, trata-se de uma revolução que mudará o modo como se transmite, distribui e consome eletricidade e que pretende trazer a atividade dos moldes em que foi configurada na década de 1950 para a era digital. Dito de outro modo, as “smart-grids” são a internet da energia.

Para além da vantagem óbvia que o sistema traria para a distribuição e operação da rede elétrica, as vantagens para os consumidores individuais são também muitas. Leia aqui o que escrevemos sobre o software desenvolvido pela Google que permite aos consumidores servidos por “smart grids” monitorar em detalhe e em tempo real no seu computador o consumo de sua casa. Ou aqui sobre o medidor em estudo pela PROCEL capaz de medir o consumo de eletricidade de cada eletrodoméstico. E sobre como é possível comprar energia pré-paga à semelhança do que é feito com créditos de celular e como isso já acontece em São Paulo.

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