Insustentabilidade: certificações que mentem

Insustentabilidade: certificações que mentem

O Energy Star é um programa conjunto da Agência de Proteção Ambiental e do Departamento de Energia dos Estados Unidos destinado a certificar a eficiência energética de diversos produtos e práticas, com o propósito de ajudar os consumidores nas suas escolhas. A atribuição do selo “Energy Star” fica a cargo do próprio fabricante que deve inserir na embalagem tabelas que especifiquem o seu desempenho energético. Porém, e de acordo com uma auditoria interna do Departamento de Energia, não só essa atribuição tem sido em diversos casos muito abusiva como as autoridades que deveriam fiscalizar a validade das informações pura e simplesmente não o fizeram.

No setor de lâmpadas compactas fluorescentes (LCF) o selo, que deveria identificar apenas 25% dos produtos considerados mais eficientes, foi achado em cerca de 90% dos modelos disponíveis no mercado.

Os selos certificadores de imóveis, nomeadamente o LEED, têm sido também objeto de inúmeras críticas principalmente relacionadas com o fato de o critério para a sua atribuição a edifícios ser a projeção do seu consumo futuro de acordo com estudos apresentados pelos próprios incorporadores. É quase como uma escola em que os alunos recebem a avaliação final no início do ano em função do que dizem que vão fazer durante os 3 trimestres de aulas.

Não cremos que estas notícias recorrentes com acusações sobre falhas e críticas aos diversos selos certificadores, associando-os à prática do “greenwashing” (maquiagem verde), afetem a validade dos argumentos em favor da eficiência energética e dos negócios sustentáveis. Apenas afetam a credibilidade da “indústria” certificadora, o que não é, de todo, a mesma coisa.

com informações de Green Inc. e New York Times

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