Construção Sustentável: “No Brasil, os projetos tem melhor qualidade”

Construção Sustentável: “No Brasil, os projetos tem melhor qualidade”

Adalberto Felício Maluf, coordenador da Fundação Clinton no Brasil, declarou em entrevista à Revista Sustentabilidade, que “o mercado brasileiro de produtos de baixo impacto ambiental para a construção civil está em expansão e já atrai a atenção de grandes investidores estrangeiros do setor.”

Através da Clinton Climate Initiative [Iniciativa Clinton pelo Clima], a Fundação Clinton apoia cidades a formularem projetos de mitigação de gases de efeito estufa e de eficiência energética em edificações. No caso do Brasil, a entidade estimulou alguns dos maiores produtores de equipamentos a entrarem no mercado brasileiro tendo também sido membro fundador do Green Building Council Brasil (GBC-Brasil). Participa aínda, como observadora, do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, que, segundo Maluf, “está fazendo coisas muito interessantes na adaptação de critérios sustentáveis para a realidade brasileira.”

Alguns trechos da entrevista:

RS: O mercado brasileiro para produtos voltados às construções de baixo impacto ambiental é promissor?

Maluf: Muito promissor! O mercado brasileiro de consumo de materiais ambientalmente corretos ou a implementação de obras sustentáveis é a maior da América Latina, apesar de ser muito menor em volume do que o mercado europeu, americano ou até asiático. (…)

Aqui no Brasil é possível consumir itens de construção sustentável, como sistemas para coleta de água da chuva, reuso de água, energia solar, energia fotovoltaica, isolante de vidro, porque os projetos tem melhor qualidade. O mercado por si só exige esse diferencial.

RS: A Fundação atua também no âmbito da legislação?

Maluf: No que diz respeito à legislação, trabalhamos em programas voluntários ou obrigatórios, como em muitas cidades americanas, australianas e européias que obrigam grandes consumidores de energia a fazerem auditorias energéticas nas suas edificações.

Os empresários, no dia-a-dia, não têm muita preocupação com eficiência energética, porque têm muitas outras preocupações. Contudo, a medida que o poder público, como planejador e formulador de políticas, obriga-os a pensar nisso, eles acabam percebendo que poderão ter lucro ao final do processo, com a economia de energia que a auditoria vai gerar.

Se o projeto de lei sobre mudanças climáticas de São Paulo for aprovado nos próximos dias, serão estabelecidos critérios mínimos de eficiência energética para reforma, compra, venda ou construção de novas edificações. Também estão previstos programas voluntários ou obrigatórios de auditoria para grandes e médios consumidores de energia, assim, como para a regulamentação de energia solar em habitações populares.

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